Estado de SP abre diálogo com setor de Alimentação e deve rever aumento de ICMS

Secretários de Governo e da Fazenda se reuniram com representantes da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares de São Paulo; segmento defende renovação de benefício fiscal em vigência desde 1993

O Governo do Estado de São Paulo deu o primeiro passo para negociar com o setor de Alimentação e pode voltar atrás na extinção do benefício fiscal que eleva o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 3,2% para 12%. A medida passaria a valer já a partir de 1º de janeiro de 2025. Em reuniões realizadas na segunda-feira (16/12), interlocutores do governador Tarcísio Gomes de Freitas acolheram as argumentações da FHORESP, que tem alertado, não de hoje, sobre os impactos negativos do incremento tributário no setor.

O maior aliado da categoria no Palácio dos Bandeirantes, no momento, é Gilberto Kassab (PSD), que se mostrou disposto a defender a renovação do benefício fiscal, que teve início na gestão do governador Luiz Antônio Fleury Filho, em 1993, e consolidado no mandato de Mário Covas. Em audiência na sede do Executivo paulista, o secretário de Governo acolheu as argumentações da FHORESP e prometeu interceder para que seja mantida a alíquota atual – de 3,2%.

Na oportunidade, o nosso presidente e diretor-executivo da FHORESP, Edson Pinto, compartilhou com Kassab os impactos “catastróficos” para o segmento de Alimentação Fora do Lar, caso a tributação, sem o regime especial, suba para 12%. “Se isso acontecer, São Paulo será o estado com a maior carga tributária do País. Além de afugentar novos investimentos, o repasse ao consumidor será imediato. É o cliente, na ponta, quem vai acabar pagando a conta. Nosso setor, que representa mais de 500 mil empresas em todo estado, tem pressa nesta pauta, que necessita da intervenção do governador (Tarcísio Gomes de Freitas). Corre-se o risco de portas baixarem e de postos de trabalho serem fechados”, alertou Edson.

Categoria unida
A reunião com o secretário de Estado de Governo, no Palácio dos Bandeirantes, ainda contou com a participação de João Guimarães e de Marcos Tavares, da Federação Nacional das Empresas de Refeições Coletivas (Fenerc); de Sylvio Lazzarini e de Cristiano Meles, da FHORESP; do vereador de São Paulo e líder da categoria na Câmara, Rodrigo Goulart (PSD), e do vice-presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes de São Paulo (Sindresbar), Nei Feniar.

Secretaria da Fazenda
Além da audiência com Kassab, a linha de frente da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares de São Paulo também teve, na segunda-feira (17/12), reunião com Samuel Kinoshita, que chefia a pasta da Fazenda e Planejamento – que está à frente do projeto de remodelação dos tributos paulistas. O secretário também demonstrou boa vontade com a categoria e abriu negociação quanto à possibilidade de renovar o regime especial de tributação em vigor há 31 anos em solo paulista.

Condenadas a serem “pequenas”
O Estado tem ventilado que o fim do benefício especial afetará somente quem opera no regime presumido ou lucro real, ou seja, aquelas que faturam acima de R$ 4,8 milhões por ano. Os estabelecimentos enquadrados no Simples Nacional, que, segundo o governo estadual, representam 80% do universo de bares e restaurantes, estarão preservados – algo totalmente divorciado da realidade, segundo explica Lazzarini. “Na realidade, é um tiro no pé. Levada tal medida a efeito, haverá enorme abismo entre as enquadradas no Simples Nacional e as demais, o que se constituirá em trava tributária ao crescimento das pequenas e encolhimento, via redução da folha de pagamento. Logo, as empresas que um dia pretendiam crescer, não o farão, já que devem preferir ficar no Simples a ter que arcar com essa derrama de impostos maiores”, complementa o diretor de Relações Institucionais da FHORESP.

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Levamos ao Secretário de Governo, Gilberto Kassab, preocupações sobre o aumento do ICMS

Nesta segunda-feira, 16/12, fomos recebidos pelo Secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab. Durante o encontro, nosso diretor-executivo, Edson Pinto, apresentou uma argumentação sólida sobre os impactos prejudiciais da proposta do Governo Tarcísio de Freitas, que prevê o fim do Regime Especial de Tributação do setor, atualmente em 3,2%, elevando a alíquota para 12% — um aumento de quase 300%.

O Secretário demonstrou grande preocupação com os dados apresentados e se comprometeu a levar as reivindicações dos empresários do setor às demais instâncias do governo.

A reunião contou com a participação de Nei Feniar, diretor e vice-presidente do SindResBar-SP; Cristiano Melles e Sylvio Lazzarini, representantes da nossa Federação; o vereador Rodrigo Goulart, líder do setor na Câmara de Vereadores; e membros da FENERC — Federação Nacional das Empresas de Refeições Coletivas.

Em audiência com Secretaria da Fazenda de SP, avançamos para superar a crise do ICMS

Nesta segunda-feira, 16/12, realizamos uma audiência com o Secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Samuel Kinoshita. Durante a reunião, nosso presidente e Diretor-Executivo da FHORESP, Edson Pinto, apresentou em detalhes os impactos negativos da proposta do governo de extinguir o Regime Especial de ICMS para Bares e Restaurantes. Atualmente em 3,2%, o imposto pode ser elevado para 12% — um aumento de quase 300%, que quadruplicaria a carga tributária praticada há 30 anos no estado.

O Secretário Kinoshita, por sua vez, disse que o intuito não é de arrecadação, mas de aprimoramento do arcabouço fiscal. Ele ouviu atentamente todos os argumentos e demonstrou boa vontade em encontrar um caminho que não prejudique as empresas do setor.

Participaram também o Vice-presidente do SindResBar, Nei Feniar; o Vereador da cidade de São Paulo e líder da categoria na Câmara de Vereadores, Rodrigo Goulart; e os Diretores de Relações Institucionais e de Negócios e Desenvolvimento da FHORESP, Sylvio Lazzarini e Denis Rezende. Estiveram presentes ainda diversas outras entidades civis do segmento com importantes ponderações.

À TV Thathi, Edson Pinto analisou impactos do aumento do ICMS ao setor

Edson Pinto, nosso presidente e diretor-executivo da FHORESP, participou do programa Thathi Cidade, da TV Thati, onde analisou a atual alíquota de ICMS para restaurantes e compartilhou os impactos alarmantes que um aumento de 300% pode trazer ao setor. Ele destacou como essa mudança pode resultar em alta nos preços das refeições, redução de empregos, aumento da informalidade e desafios para a sobrevivência de pequenos negócios.

À Times Brasil – CNBC, Edson Pinto abordou impactos do aumento de 300% no ICMS em São Paulo para o setor

Ao programa Real Time, da Times Brasil – CNBC, Edson Pinto, nosso presidente e Diretor-executivo da FHORESP, abordou os impactos do aumento de 300% no ICMS em São Paulo para os setor de bares e restaurantes e como os consumidores serão afetados.

Entenda como essa medida pode tornar o hábito de comer fora de casa mais caro e ameaçar a sustentabilidade de bares e restaurantes no estado. Confira!

Na Mídia: Aumento do ICMS em SP pode encarecer refeições e impactar milhares de empregos

A Folha de S. Paulo também repercutiu nossa preocupação com o possível aumento do ICMS em São Paulo, que pode passar de 3,2% para 12%, elevando impostos em 300%.

A medida, considerada “catastrófica” por Edson Pinto, nosso presidente e diretor-executivo da FHORESP, afetaria mais de 500 mil empresas e 1,4 milhão de empregos no estado, resultando em alta imediata nos preços das refeições, redução de investimentos e aumento da informalidade. Sem o regime especial, São Paulo terá a maior taxação de ICMS no país para o setor.

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Estado de SP quer aumentar impostos em 300%; comer fora de casa ficará mais caro e restaurantes temem o pior

Governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) pretende derrubar benefício fiscal de bares e de restaurantes em vigor desde a gestão Fleury; com aumento de preços, empregos no setor também ficam em risco

A FHORESP corre contra o tempo para articular com o Governo do Estado a manutenção do regime especial de tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), em vigência desde 1993. Há um risco de o segmento passar dos atuais 3,2% para 12% de taxação – ou seja, um aumento de 300%. Se considerados eventuais créditos apropriados, estudos preliminares da Federação mostram que a extinção do benefício resultaria em carga tributária efetiva de 9,6%.

Segundo a FHORESP, o setor que será impactado pelo aumento do ICMS representa, no estado de São Paulo, mais de 500 mil empresas ativas e um total de 1,4 milhão de empregos, entre formais e informais – 5,7% das ocupações totais da economia bandeirante.

O reflexo sobre a taxação será instantâneo e de efeito “catastrófico”, de acordo com o diretor-executivo, Edson Pinto, a começar pela redução de investimentos, pelo aumento da informalidade, pela queda na geração de postos de trabalho, além de inevitável aumento do preço-final (do consumidor) – logo, comer fora de casa ficará mais caro. “A resposta de bares e de restaurantes ao cliente em decorrência da sobrecarga tributária será imediata, pois não temos mais gordura para tirar a diferença do caixa. Haverá um aumento, já em janeiro de 2025, de, pelo menos, 7% no custo da refeição em todo o estado. Contudo, como o segmento vem segurando reajustes ao consumidor, de mais ou menos 14% de inflação nos alimentos, nos últimos quatro anos, pode ser que o aumento seja ainda maior a partir da queda do benefício”.

O regime especial de tributação foi concedido ao setor em 1993, na gestão do então governador Luiz Antônio Fleury Filho, e teve sua renovação assegurada desde então, ano a ano. A validade do decreto que concede o benefício expira em 31/12/2024. Sem a continuidade do regime especial, São Paulo terá a maior taxação de ICMS do País no setor de Alimentação Fora de Casa:

“O Governo do Estado quer acabar com uma ajuda que nos é concedida há 31 anos. Isso é um desaforo, além de um risco para o segmento que mais gerou empregos em São Paulo em 2023. Muitas empresas, além de repassarem o prejuízo para o cardápio, fazendo com que quem coma fora de casa pague mais por isso, podem passar a demitir e até baixar as portas”, lamenta Edson Pinto.

Tarcisio foge do assunto
Procurado formalmente pela FHORESP , via ofício, para tratar do tema, o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) disse que não vai receber a entidade. Em paralelo, interlocutores do mandatário mandaram recado à Federação, dando conta de que o aumento na arrecadação já está até mesmo prevista na Lei Orçamentária enviada, recentemente, à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

O diretor-executivo da FHORESP alerta que a omissão do Estado resultará em “efeitos negativos sem precedentes à Economia”, ao passo em que considera “grave e radical” a falta de diálogo por parte do chefe do Executivo paulista face ao assunto. “O fato de o governador (Tarcísio Gomes de Freitas) se recusar a receber e a dialogar com um setor do nosso tamanho, demonstra por parte dele radicalidade, bem como desconhecimento da nossa importância – algo preocupante e grave”.

Outro segmento que também defende a manutenção do regime especial de ICMS em São Paulo é representado pela Federação Nacional de Refeições Coletivas (Fenerc) e pela Associação Brasileira de Refeições Coletivas (Aberc). O setor é responsável pelo fornecimento de alimentação em empresas, merenda escolar, postos de saúde, hospitais, presídios, órgãos públicos, entre outras atividades. Caso o benefício fiscal em vigor desde 1993, de fato, seja extinto no estado, contratos desta natureza deverão sofrer incremento, custando ainda mais a empresas e aos cofres públicos contratantes:

“A FHORESP vai insistir até o fim deste ano na sensibilização do governo paulista para soluções que assegurem o acesso do cidadão à alimentação de qualidade com preços competitivos e, assim, evitar um desastre na Economia do setor”, reforça o diretor-executivo da entidade.

CONFIRA A REPERCUSSÃO NA MÍDIA:

Jovem Pan

Diário de S. Paulo

O Globo

Monitor Mercantil

Money Report

Mercado & Eventos

CBN

Exame

Revista Fórum

Terra

Jornal de Turismo

R7

Ao programa Tá na Roda, Edson Pinto, falou sobre os resultados do boicote à rede Carrefour

Recentemente, nosso presidente e diretor-executivo da FHORESP, Edson Pinto, falou ao programa Tá na Roda sobre os resultados do boicote à rede Carrefour, lançado pela nossa Federação, após a declaração do CEO do Grupo Carrefour na França, Alexandre Bompard, de que a rede varejista deixaria de comprar carne dos países do Mercosul.

*O boicote à rede Carrefour, Sam’s Clube e Atacadão foi encerrado após retratação do CEO Global quanto à qualidade da carne brasileira.

Na Mídia: confira a repercussão na mídia local do boicote à rede Carrefour

Aderimos ao boicote contra o Carrefour, Sam’s Club e Atacadão, liderado pela FHORESP, após declarações do CEO global do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard. O executivo anunciou a suspensão da compra de carne dos países do Mercosul, alegando, sem fundamento técnico, que os produtos não atenderiam aos padrões europeus. Essa decisão foi amplamente vista como um ato protecionista, desvalorizando a reconhecida qualidade das carnes brasileiras e impactando negativamente a cadeia produtiva nacional.

A suspensão do boicote aconteceu após Bompard enviar uma carta de retratação ao Ministro da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro. Na mensagem, ele reconheceu a excelência e conformidade das carnes brasileiras com normas internacionais, encerrando um episódio que reafirma a força e união do setor em defesa da economia e dos produtos nacionais.

A Mídia regional também repercutiu os acontecimentos!

Visão Oeste

Giro S/A

Correio Paulista

Artigo: A verdadeira motivaçāo por trás do banimento da carne do Brasil pelo Carrefour

O recente comportamento da multinacional francesa Carrefour, de banir a carne brasileira em território francês, além de conclamar outras redes varejistas e restaurantes da França a seguirem seu exemplo, é lamentável e baseado em mentiras.

Se o Carrefour detectou alguma irregularidade sanitária, técnica ou ambiental quanto ao produto, deveria suspender a compra de carne proveniente de nosso País não apenas para abastecer suas lojas da França, mas, também, das unidades brasileiras e as da Argentina. E por que não fez isso? Porque, na verdade, não há problema algum com a carne do Brasil.

Não se trata, tampouco, do impacto negativo aos pecuaristas franceses pelo volume de carne bovina transacionada entre os dois países. Frigoríficos brasileiros venderam, para esta nação, cerca de 80 toneladas deste tipo de produto somente em 2024. Para se ter uma ideia, isto equivale ao consumo de um único dia em bares e restaurantes brasileiros. O que está ocorrendo, então?

Trata-se de uma decisão política de protecionismo, com o objetivo de agradar aos agricultores franceses (que exercem um forte lobby) e barrar o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O buraco “econômico”, logo, é mais embaixo.

A recente declaração do principal executivo global do Carrefour, Alexandre Bompard, causou controvérsia, já que, em tese, alguém que ocupa este cargo não deveria basear seu discurso em falsidades sobre a sustentabilidade dos frigoríficos que operam no Brasil, o que gerou indiscutível e desnecessário desgaste nas relações com o País e prejudicou nossa imagem na Europa.

As relações internacionais são regidas pela reciprocidade. Competição é competição! E, não de hoje, a Agricultura francesa não concorre e recebe diversos incentivos governamentais. Ao tomar essa iniciativa, a gigante do varejo nem considerou que a operação brasileira representa 40% do lucro bruto global do Carrefour e que suas lojas são as maiores do ramo do Brasil.

Face aos acontecimentos, a Federação dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp), que representa mais de 500 mil estabelecimentos, tomou a atitude de organizar um boicote à rede, porque a questão envolve danos ao nosso Agronegócio – inclusive, por questionar a qualidade da proteína animal servida em restaurantes brasileiros, já que trata-se de represália ao mesmo produto.

Tivemos uma altíssima adesão à retaliação ao Carrefour e, também, a outras marcas da rede, a Sam’s Club e o Atacadão. A ação só chegou ao fim, há poucas horas, após retratação por parte do CEO global da varejista francesa.

Em tempo, uma reflexão: o Carrefour, ao pedir aos restaurantes franceses também não importarem carne brasileira, não esperava que estes estabelecimentos revendessem seus produtos por valor mais alto aos clientes? É uma conta pouco estratégica e que não fecha.

Fato é que, o clima e o Meio Ambiente, que deveriam ser causas nobres e comuns para debates internacionais, tornaram-se armas poderosas no Comércio e na Geopolítica. A disputa de mercados transformou-se num jogo de narrativas, sustentado mais por preconceitos do que por dados comprovados e por Ciência.

O Brasil detém uma das legislações mais rigorosas do mundo e atua conforme as melhores práticas internacionais. Além do mais, nossas virtudes ambientais são imensamente superiores às da França, e isso vem incomodando já algum tempo os negócios e os interesses da Europa.

Ao decidir dar início a uma guerra comercial, fingindo ser “o mocinho” de uma história mal contada e repleta de meias verdades, a rede de supermercados deveria calcular que, do outro lado, há consumidores e líderes setoriais que poderiam reagir. Desdenhou. Subestimou. Não esperava o toma-lá-da-cá legítimo, justo e balizado em argumentos consistentes, e não em fake news.

*Edson Pinto é presidente do SinHoRes Osasco – Alphaville e Região, diretor-executivo da FHORESP; mestre em Direito, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC); e autor do livro “Lavagem de Capitais e Paraísos Fiscais” (Editora Atlas).

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