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Consumidores pretendem manter ou reduzir gastos com restaurantes, diz pesquisa

Após dois anos de pandemia, reduzir os gastos com alimentação fora do lar continua a ser uma tendência entre os consumidores brasileiros, de acordo com pesquisa realizada em fevereiro com mais de mil entrevistados em todo o território nacional. Os dados são da Galunion, consultoria especializada no setor de alimentação fora do lar, que desde o início da pandemia vem realizando levantamentos sobre o mercado de food service brasileiro.

Entre os que se mantêm em home office, 78% têm a intenção de se alimentar com aquilo que é preparado na própria casa. Em segundo lugar (48%) estão os pedidos por delivery. Apenas 18% pretendem sair do lar para comer dentro de restaurantes ou outros estabelecimentos. “Isso demonstra como a pandemia e o aumento dos preços dos alimentos no Brasil impactaram de forma direta o segmento de food service”, explica Simone Galante, CEO e fundadora da Galunion.

Já quando estiverem trabalhando presencialmente, 60% das pessoas dizem que irão consumir alimentos preparados em casa, enquanto 33% afirmam ter intenção de pedir delivery. 30% pretende comer em restaurantes, padarias ou lanchonetes e 28% dizem almoçar no refeitório da empresa.

“A pesquisa mostra que enquanto a maior parte da classe C pretende reduzir os gastos com comida fora de casa nos próximos seis meses, com 56% das respostas, na classe A, 49% dos consumidores pretendem manter os gastos atuais com alimentação preparada fora do lar. Além disso, é possível notar um equilíbrio entre reduzir gastos, com 41%, e manter os gastos da alimentação fora do lar, com 47%, com relação aos consumidores da classe B”, diz Nathália Royo, especialista em inteligência de mercado na Galunion.

Questão de hábito

Apesar da intenção de reduzir ou manter os gastos com alimentação fora do lar, as pessoas têm se mostrado mais abertas à ideia de voltar a frequentar estabelecimentos para consumo no local. Atualmente, segundo o estudo, 46% dos entrevistados se sentem dispostos a comer em bares ou restaurantes. A pesquisa também mostra que caiu de 26% para 17% aqueles que não se sentem confortáveis com o consumo no local.

Quando o assunto é critério de escolha dos restaurantes, o quesito higiene e limpeza vem em primeiro lugar, com 63% das respostas. Depois, o preço justo é o que interessa a 55% das pessoas. Ser uma comida gostosa é o que preocupa 54% dos clientes, seguido de 30% que buscam por alimentação saudável.

Outro fator que merece atenção especial, principalmente dos proprietários e franqueados de restaurantes, bares, padarias e lanchonetes, é uma mudança no hábito do consumidor que veio para ficar. Atualmente, grande parte do público (50%) prefere locais com espaços bem ventilados, com mesas em varandas ou salões com grandes janelas, e 40% preferem espaços abertos e ao ar livre, com mesas nas calçadas. Enquanto isso, apenas 6% optam por locais com salão interno e somente 4% priorizaram praças de alimentação em shopping centers ou centros comerciais.

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