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Quanto uma empresa pode pagar de aluguel sem se prejudicar?

Grande parte dos empreendedores vive no dilema sobre como aumentar a lucratividade de seus negócios, por meio da redução de despesas operacionais. Em momentos de crise econômica, como o que estamos passando, tais interrogações passaram a pautar as agendas do mundo empreendedor. Importante pensar que não existe resposta certa para todas as dúvidas. Cada negócio apresenta suas particularidades e cada empreendedor tem sua visão de futuro e seu estilo de gestão.

Recebemos uma pergunta que vale a pena buscar respostas, ou pelo menos ajudar aqueles que se encontram em momentos de otimização de custo. Então, no que tange especificamente aos aluguéis, quanto, em termos de percentuais, é saudável para uma empresa pagar?

Como resposta mais prudente, é recomendável que o valor esteja entre 8% a 11% do faturamento bruto, para manter uma margem de lucratividade que viabilize a sobrevivência e o desenvolvimento das atividades dos negócios, não comprometendo o aumento de custos operacionais.

No que diz respeito a despesas com aluguel, é importante entender que não basta avaliar somente o valor mensal a ser pago. Deve-se levar em conta a despesa em longo prazo, que envolve os reajustes do contrato. No Brasil, temos vários índices de correção, que muitas vezes não refletem a realidade de mercado e do faturamento da empresa. Vale a pena negociar o reajuste no ato de renovação, para manter o equilíbrio da saúde financeira da empresa e, assim, alcançar os resultados esperados.

A negociação é uma habilidade empreendedora que deve ser desenvolvida e praticada no cotidiano. O locatário é um fornecedor e, portanto, deve entrar na agenda de atenção para baixar os custos, com processos enxutos e negociáveis.

Diante da crise, segue um conselho presente em determinado ditado popular: “O primeiro negócio para qualquer negócio é permanecer no negócio”.

Fonte: Exame – Arnaldo Vhieira é coordenador do curso de gestão financeira da FMU.

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