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Hotéis inovam áreas comuns para seduzir viajante corporativo

Os hotéis já transformaram seus lobbies em locais onde os hóspedes podem se socializar ou trabalhar. Agora, algumas propriedades estão indo além e criando espaços altamente atrativos para os viajantes corporativos e profissionais em geral, ao oferecerem tudo o que eles precisam.

Nestes locais, os viajantes encontram materiais de escritório, impressoras e, claro, café. Mas além disso eles também encontrarão ambientes descontraídos com uma decoração que foge à tradicional cara de escritório.

“Os lobbies são uma distração porque há muita coisa acontecendo, com pessoas entrando, saindo e também socializando. Esses novos espaços de trabalho, por sua vez, são destinados à produtividade”, destaca a vice-presidente sênior de Pesquisa da Phocuswright, Lorraine Sileo.

Eles também são especialmente atraentes para viajantes de negócios mais jovens. “A geração dos millennials tende a ser mais nômade do que a geração mais velha de viajantes e passa mais tempo fora do quarto. Os hotéis perceberam isso e muitos deles estão oferecendo opções diferenciadas de espaços compartilhados de trabalho”, complementa a diretora de Pesquisa da Global Business Travel Association (GBTA), Jessica Collison.

O AC Hotel Phoenix Biltmore (EUA), por exemplo, oferece o AC Lounge, ao lado do lobby, que conta com vários sofás, uma grande mesa comunitária com tomadas elétricas em cada assento e uma mesa alta de 20 lugares que é uma área de trabalho durante o dia e um bar depois das 16h.

Os hóspedes e não hóspedes são convidados a usar o espaço sem custos, podendo obter café e biscoitos gratuitos. A pequena biblioteca do lounge tem computadores, impressoras e materiais de escritório, como clipes e pastas. “Queremos que o lounge seja prático e conveniente para quem está trabalhando”, comenta o gerente geral do hotel, David Belk.

A área de coworking no Charlotte Marriott City Center, na Carolina do Norte (EUA), tem duas mesas com oito assentos cada e uma lousa com marcadores que os hóspedes podem usar durante as reuniões para anotações.

Embora o acesso seja gratuito para qualquer pessoa, os assentos devem ser reservados inscrevendo-se no quadro-negro próximo à entrada da área de trabalho. “Você pode ficar o tempo que quiser e nossa equipe lhe dará os materiais de escritório necessários e ajudará na impressão de documentos”, conta diretor de Experiência de Hóspedes da propriedade, Seamus Gallagher.

O Pivot 62 no Double Tree by Hilton Vail (EUA), também oferece um espaço decoworking gratuito para hóspedes e não hóspedes. Tem estações de trabalho, salas de conferências e uma área de cozinha com café gratuito.

Tudo isso mostra que os hotéis veem os espaços de coworking como uma maneira de fidelizar tanto os hóspedes quanto o público em geral. “Esses espaços costumam ser elegantes e ajudam a melhorar o perfil de um hotel. Ao investirem nisso, as propriedades não perderão dinheiro porque qualquer pessoa que use esses espaços provavelmente consumirá bebidas ou comida”, comenta o diretor de Viagens, Hotelaria e Lazer da Deloitte, Adam Weissenberg.

Ele observa que vários hotéis recém-inaugurados que possuem espaços de coworking cobram o acesso a pessoas que não são hóspedes. “As taxas não são altas, considerando que a qualidade das amenidades oferecidas muitas vezes supera o preço”.

Por isso, os hotéis que souberem se aproveitar desse nicho e oferecerem além de um espaço tradicional de trabalho a seus hóspedes poderão se tornar os preferidos dos viajantes corporativos. Basta ficar de olho nas tendências.

*Fonte: Panrotas/The New York Times

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